terça-feira, 12 de agosto de 2008

Cucarachas Brasileñas – Humilhação na câmara de Gás


Buenos Aires – Dia 01 (quarta-feira, 6 de agosto)

Estavamos nós no ar, vôo Gol 7458, ainda em espaço aéreo brasileiro. A distância do país do casalzinho sinistro Néstor e Cristina não nos poupou da primeira humilhação desferida pelos queridos hermanos. Uma norma do governo argentino diz que todo o vôo internacional deve passar por um procedimento de “limpeza” das impurezas que os passageiros possam trazer do local de partida. Pois bem, o comissário falou em detetização. Você leu direito. Detetização de seres-humanos em pleno ar. Foi aquele TSSSSSSS pra todo o lado, com a garantia da equipe da Gol de que o gás era inofensivo. Certo! Eu lembro de uma cena da Lista de Schindler em que um banho coletivo, aparentemente também inofensivo, virou um terrorismo sem limites. Inofensivo o caralho. E a agressão ao espírito? Essas sequelas não contam?

Depois do susto, a coisa rolou que foi uma beleza. Chegada em Buenos Aires, hotelzinho bom pra caramba, uma caminhada sem o auxílio do Google Maps, o que acabou um pouco conturbado, e uma sessão de compras na Rua Florida, que de florida não tem “mierda ninguna”. Tudo ótimo mesmo, só que de onde eu venho a corneta é livre, então lá vai: o centro daqui é um inferno como o de Porto Alegre... e sujo também. Mais sujo aliás. As vezes até dá uma agonia, e a gente fica na torcida para que os Argentinos nos detetizem de novo antes de nos mandarem de volta.

Como eu disse antes, a corneta es libre. A viagem está sendo perfeita, mas das maravilhas de Buenos Aires os outros blogs estão cheios.