terça-feira, 1 de abril de 2008

Não basta ser Daschund.

Semana atrás quase atropelei uma cadelinha Daschund (linguicinha). Parei o carro e corri para que outro veículo não a atingisse. Procurei pelo dono, e como não encontrei, levei-a pra casa para os cuidados necessários. Ela estava fraca, anêmica e provavelmente havia sofrido maus tratos. Ela foi cuidada, junto com nosso outro cachorro (um Daschund quase puro, ou melhor: um vira-lata quase Daschund) e recebeu todo carinho. Estávamos a espera de quem a quisesse adotar, e a Pet Shop achou um pretendente. Então a deixamos com eles.
O Problema é que, antes de encontrarmos o bichinho, algum filha da puta jogou água fervendo na pequena, e por isso ela não tem pelagem numa parte do corpo. Nada demais, apenas uma falha quase imperceptível. Para mim não era nada, porém para a pessoa que iria adota-la foi. Inconformada como fato do pêlo não voltar a crescer, ela desconversou o pessoal da Pet e disse que voltava depois. Nunca mais.
As pessoas são realmente muito complicadas. Elas não desejam as coisas em função do bem que elas fazem, mas pela imagem de status que elas geram. Não basta ter raça, tem que ser perfeita.
Acho que foi melhor assim, cachorros precisam de quem goste de cachorros. Espero que a pessoa que a rejeitou goste pelo menos de gente.